Compartilhar
Informação da revista
Vol. 97. Núm. 6.
Páginas 704-709 (1 novembro 2022)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Visitas
4190
Vol. 97. Núm. 6.
Páginas 704-709 (1 novembro 2022)
Artigo original
Acesso de texto completo
Baixo nível de educação em saúde como preditor de corticofobia na dermatite atópica
Visitas
4190
Tiago Fernandes Gomes
Autor para correspondência
tiagofgomesd@gmail.com

Autor para correspondência.
, Katarina Kieselova, Victoria Guiote, Martinha Henrique, Felicidade Santiago
Departamento de Dermatologia, Centro Hospitalar de Leiria, Leiria, Portugal
Este item recebeu
Informação do artigo
Resume
Texto Completo
Bibliografia
Baixar PDF
Estatísticas
Tabelas (3)
Tabela 1. Caracterização da população
Tabela 2. Variação do TOPICOP© entre os grupos
Tabela 3. Correlação de Pearson do TOPICOP© com HLS‐EU‐PT
Mostrar maisMostrar menos
Resumo
Fundamentos

Os corticosteroides tópicos (CT) são a base do tratamento nas crises de dermatite atópica (DA). Os medos e as preocupações em relação aos CT são conhecidos como corticofobia. A corticofobia é comum em pacientes com DA e pode levar à aplicação sub‐ótima de CT e à falha do tratamento. A educação em saúde (ES) pode influenciar a corticofobia. Os questionários TOPICOP© e HLS‐EU‐PT foram desenvolvidos para avaliar corticofobia e ES, respectivamente.

Objetivo

Avaliar a relação entre corticofobia e o grau de ES em pacientes com DA.

Métodos

Estudo transversal prospectivo em pacientes com DA acompanhados em um Serviço de Dermatologia, entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Os pacientes, ou seus pais (se os pacientes tivessem ≤ 15 anos), foram convidados a responder os questionários TOPICOP©, HLS‐EU‐PT e um questionário sobre as características da doença e dados demográficos.

Resultados

Foram incluídos 61 pacientes (59,0% do sexo feminino, média de idade de 20±13,8 anos, duração média da doença de 12,5±11,4 anos). O escore médio do TOPICOP© foi de 44,8±20,0 (8,3 a 88,9) e o escore médio do HLS‐EU‐PT foi de 30,5±8,5 (1,0 a 47,9). O escore do TOPICOP© correlacionou‐se negativamente com o escore do HLS‐EU‐PT (p=0,002, r=0,382, r2=0,146). Não houve diferença estatística entre o escore do TOPICOP© e as características da doença (gravidade da doença, história familiar de DA, história pessoal de outras doenças atópicas).

Limitações do estudo

Coorte pequena e heterogênea composta por pacientes e pais de pacientes.

Conclusão

O grau de corticofobia é similar aos valores relatados em outros estudos. A ES mostrou uma correlação inversa com a corticofobia. A ES mais baixa mostrou ser um preditor de maior corticofobia. A promoção da educação em saúde é essencial para o uso correto de CT e, portanto, o controle ideal da DA.

Palavras‐chave:
Dermatite atópica
Educação em saúde
Esteroides
Terapêutica
Texto Completo
Introdução

A dermatite atópica (DA) é doença inflamatória cutânea crônica com recidiva e impacto significativo na qualidade de vida.1 Globalmente, sua prevalência está aumentando, afetando até 20% das crianças e 10% dos adultos.2–5 As terapias anti‐inflamatórias tópicas são o primeiro passo no tratamento das crises de DA.6,7 Corticosteroides tópicos (CT) são a base do tratamento na maioria dos pacientes com DA, e muitas vezes requerem tratamento a longo prazo com CT por muitos anos. Baixa adesão ao tratamento é comum na DA e pode levar à falha do tratamento.8–10 A resistência à CT pode ser parcialmente decorrente da não adesão em razão da fobia a CT.11 A fobia a CT, também conhecida como corticofobia, define os sentimentos e crenças negativas relacionadas a CT vivenciadas por pacientes e seus cuidadores. A prevalência de corticofobia na DA varia de 21% a 84%.12 Educação em saúde (ES) é o termo utilizado para descrever as capacidades das pessoas em atender às complexas demandas relacionadas à saúde na sociedade moderna. Ela resulta das atividades de educação e comunicação em saúde e determina a capacidade individual de ter acesso a, compreender e utilizar a informação para promover e manter uma boa saúde.13,14 O presente estudo propôs avaliar o efeito da ES na corticofobia.

MétodosPacientes e local do estudo

Realizou‐se um estudo transversal prospectivo no Serviço de Dermatologia de um Hospital de nível dois, entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Foram incluídos pacientes com dermatite atópica, com pelo menos duas consultas de Dermatologia. Foram definidos dois grupos de acordo com a idade do paciente: ≤ 15 anos e >15 anos.

Questionários

Os pais dos pacientes com ≤ 15 anos e os pacientes com> 15 anos foram convidados a responder a três questionários: TOPICOP©, HLS‐EU‐PT e um questionário de caracterização da doença e de dados demográficos.

O questionário TOPICOP© é uma escala validada para a avaliação de fobia a CT em pacientes com DA e em seus pais.15 A viabilidade e a compreensão do escore no TOPICOP© foram abordadas em diferentes países.16 A versão original está em inglês, mas as versões em português e em outros idiomas estão disponíveis em http://www.edudermatologie.com. O questionário é composto por 12 itens, que abrangem “preocupações” (6 itens) e “crenças” (6 itens). São oferecidas quatro opções de resposta, que variam de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”, com pontos atribuídos a cada uma (0, 1, 2 ou 3).15

O questionário European Health Literacy Survey (HLS‐EU) é uma ferramenta validada para medir a ES da população geral, também validada na língua portuguesa (HLS‐EU‐PT).14,17 O HLS‐EU‐PT inclui 47 questões, que integram três domínios de saúde diferentes: cuidados de saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde.14,18 Para cada item, os pacientes classificam a dificuldade percebida de determinada tarefa em uma escala Likert de quatro categorias de resposta (muito fácil, fácil, difícil e muito difícil).18

Um terceiro questionário foi aplicado para fornecer dados clínicos adicionais. Isso incluiu informações demográficas como sexo, idade, trabalhar na área da saúde e características da doença, como duração da doença, história familiar de DA, história pessoal de asma e/ou rinite alérgica e tratamentos anteriores de DA.

Análise estatística

O escore no TOPICOP© foi calculado como 100% vezes a soma de todas as respostas divididas pela soma máxima possível para as perguntas incluídas, com um escore resultante de 0 a 100% de fobia a CT.15 O escore pode ser ainda categorizado como baixo (≤ 23), intermediário (24‐50) e alto (> 50).19 Para o HLS‐EU‐PT, um escore de item baseado na média foi calculado para cada paciente com pelo menos 80% de respostas. O escore do índice foi transformado em uma métrica unificada de 0 a 50 usando a seguinte fórmula: (média–1)×50÷3. O escore final é inserido em um dos quatro níveis de ES: “inadequado” (0‐25), “problemático” (> 25‐33), “suficiente” (> 33‐42) e “excelente” (> 42‐50).18 Os resultados são expressos em porcentagens ou médias±desvio‐padrão, e as análises estatísticas foram realizadas no software SPSS versão 22 (SPSS Inc., IBM‐SPSS, Chicago, IL). As variáveis foram testadas quanto à normalidade com o teste de Kolmogorov‐Smirnov. Para a análise univariada, as relações entre o escore do TOPICOP© e a covariável foram avaliadas por meio do teste de correlação de Pearson. Quando necessário, o teste t de Student foi utilizado. O teste de correlação de Pearson e a regressão linear univariada foram utilizados para medir o efeito da ES (fornecida pelo escore no questionário HLS‐EU‐PT) na fobia a CT (medida pelo questionário TOPICOP©).

Os dados ausentes não foram substituídos. A significância estatística foi fixada em p<0,05.

Ética

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Médica em Pesquisa do Hospital. Foram tomadas medidas para manter a privacidade dos pacientes, processando anonimamente os questionários.

Resultados

As características dos pacientes são mostradas na tabela 1. Foram incluídos 61 pacientes, 36 (59,0%) do sexo feminino, com média de idade de 20±13,8 anos. Havia 25 pacientes (41,0%) ≤ 15 anos e 37 (60,7%)> 15 anos. Dez (16,4%) dos respondentes trabalhavam na área da saúde. A duração média da DA era de 12,5±11,4 anos. Outras doenças atópicas (asma e/ou rinite alérgica) estavam presentes em 35 pacientes (57,4%), e 31 (50,8%) tinham história familiar de DA. A maioria dos pacientes tinha doença de baixo grau (38 pacientes, 62,3%). Cinquenta e nove pacientes (96,7%) confirmaram o tratamento com CT. A distribuição de outros tratamentos na DA está descrita na tabela 1.

Tabela 1.

Caracterização da população

Caracterização da população  n (%)  Média±DP(mín–máx) 
Idade, anos    20,0±13,8 (1–49)
≤ 15 anos  25 (41,0) 
> 15 anos  36 (59,0) 
Sexo   
Feminino  35 (57,4) 
Masculino  26 (42,6) 
Duração da doença, anos    12,5±11,4 (0–47,0)
Profissional da Saúde   
Sim  10 (16,4) 
Não  51 (83,6) 
História familiar de DA   
Sim  31 (50,8) 
Não  30 (49,2) 
História pessoal de asma e/ou rinite alérgica   
Sim  35 (57,4) 
Não  26 (42,6) 
Gravidade da DA   
Leve  38 (62,3) 
Moderada a grave  23 (37,7) 
Tratamentos atuais e/ou anteriores   
Hidratante  59 (96,7) 
Corticosteroide tópico  59 (96,7) 
Inibidor tópico da calcineurina  21 (34,4) 
Corticosteroides sistêmicos  16 (26,2) 
Ciclosporina  14 (23,0) 
Metotrexato  6 (9,8) 
Fototerapia  5 (8,2) 
Dupilumabe  2 (3,3) 
TOPICOP©    44,8±20,0 (8,3–88,9)
Baixo (n, %)  9 (14,8) 
Moderado (n, %)  31 (50,8) 
Alto (n, %)  21 (34,4) 
Média do HLS‐EU‐PT    30,5±8,5 (1,1–47,9)
Inadequado (n, %)  13 (21,3) 
Problemático (n, %)  26 (42,6) 
Suficiente (n, %)  16 (26,2) 
Excelente (n, %)  6 (9,8) 

Os níveis de TOPICOP© variaram de 8,3 a 88,9, com escore médio de 44,8±20,0, o que indica nível moderado de fobia a CT. Nove pacientes (14,8%) apresentaram escore baixo no TOPICOP©, 31 (50,8%) escore intermediário e 21 (34,4%) escore alto.

O escore no questionário HLS‐EU‐PT variou de 1,1 a 47,9, com escore médio de 30,5±8,5, considerado nível de ES problemático. ES inadequada estava presente em 13 (21,3%), ES problemática em 26 (42,6%), ES suficiente em 16 (26,2%) e excelente em 6 (9,8%).

Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa para o escore TOPICOP© entre os respondedores que eram cuidadores (pacientes ≤ 15 anos) e os respondedores que eram pacientes (> 15 anos; p=0,189). Da mesma maneira, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa para os escores do TOPICOP© entre profissionais da área da saúde e de outras áreas, história familiar de DA, história pessoal de outras doenças atópicas e gravidade da doença (tabela 2). O escore no TOPICOP© mostrou estar negativamente correlacionado com o escore do HLS‐EU‐PT (p=0,002; r=0,382; r2=0,146), com níveis mais altos de TOPICOP© mostrando estar associados a escores mais baixos no HLS‐EU‐PT (tabela 3).

Tabela 2.

Variação do TOPICOP© entre os grupos

Variáveis  TOPICOP (média±DP)  p‐valor 
Idade
≤ 15 anos  40,8±20,8  0,189 
> 15 anos  47,6±19,1   
Profissional da saúde
Sim  34,5±15,3  0,073 
Não  46,9±20,2   
História familiar de DA
Sim  46,2±22,4  0,583 
Não  43,4±17,2   
História pessoal de asma e/ou rinite alérgica
Sim  42,9±20,8  0,379 
Não  47,5±18,8   
Gravidade da doença
Leve  41,6±19,2  0,099 
Moderada a Grave  50,2±20,3   
Tabela 3.

Correlação de Pearson do TOPICOP© com HLS‐EU‐PT

Correlações  R2  p‐valor 
TOPICOP© – HLS‐EU‐PT  0,382  0,146  0,002 
Discussão

Os CT são o tratamento anti‐inflamatório de primeira linha na DA.6 A corticofobia pode prejudicar o regime de tratamento adequado, induzindo doença não controlada, com impacto negativo na qualidade de vida. A quantidade certa de CT a ser utilizada e a frequência de aplicações são algumas das preocupações que devem ser abordadas com esses pacientes.20 O medo dos efeitos colaterais dos CT pode ser uma grande preocupação em pacientes com DA e seus cuidadores, e está frequentemente associado à resistência ao uso de CT.9,20,21 Atrofia cutânea, púrpura, telangiectasias, estrias, dermatite perioral e acne são alguns dos eventos adversos que podem ocorrer com administração prolongada e inadequada de CT.22 A absorção percutânea aumentada pode ser responsável por efeitos adversos sistêmicos, como supressão do eixo hipotálamo‐hipófise‐adrenal e glaucoma, mas o risco parece ser baixo.23,24 Em geral, o tratamento em longo prazo com CT é considerado seguro tanto em adultos como em crianças.23,25–27

Atualmente, o acesso às informações médicas está disponível nos meios de comunicação, como jornais, revistas e internet. No entanto, muitas dessas informações não são produzidas por profissionais de saúde e podem induzir erroneamente o paciente ao subtratamento com CT. De fato, estudo coreano mostrou que a internet (49,2%), a televisão ou outros meios de transmissão (45,2%), médicos/profissionais da saúde (37,3%) e revistas/jornais eram fontes de informação associadas à fobia a esteroides.28 Os pacientes podem ter dificuldades em selecionar informações médicas corretas e confiáveis.

O TOPICOP© é atualmente o único escore validado para avaliar a fobia a CT.16 No presente estudo, o questionário TOPICOP© mostrou nível médio de 44,8% na população avaliada, o que indica nível moderado de fobia a CT. Outros grupos relataram níveis semelhantes de corticofobia.16,19,29 Stalder et al. relataram escore médio global no TOPICOP© de 44,7% em um estudo multicêntrico prospectivo realizado com 1.796 participantes de 17 países.16 Em estudo menor, Bos et al. encontraram escore TOPICOP© de 44% em um grupo de 29 pais de pacientes com DA na Holanda.29 Estudo francês realizado por Dufresne et al. com 191 pais encontrou escore TOPICOP© de 39,8%, um pouco menor do que os outros estudos, mas esses pais participaram de um programa de educação terapêutica, o que pode ter sido responsável pelos melhores resultados.19

O principal objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre fobia a CT e ES. O índice geral de ES relatado para Portugal foi de 33,0, onde 11% demonstraram escore de ES “inadequado”, e 38% tinham escore “problemático”.30 O presente estudo mostrou escore médio no HLS‐EU‐PT de 30,5±8,5 e 63,9% apresentaram níveis mais baixos (“inadequado” e “problemático”). Curiosamente, correlação negativa significativa foi encontrada entre o escore TOPICOP© e o escore do HLS‐EU‐PT. Além disso, menor ES foi preditora de maior corticofobia. Isso reforça a importância da ES na assistência à saúde. Os resultados do presente estudo contrastam com os achados de Dufresne et al., nos quais o escore de educação em saúde foi associado de maneira significativa à maior fobia a CT.19 A maioria dos pais corticofóbicos em seu estudo tinha acesso direto a recursos científicos e online, e o escore TOPICOP© mais alto foi associado a anos completos após a graduação. Entretanto, esses autores apresentaram um grupo mais homogêneo, ao incluir apenas pais de crianças com DA (< 18 anos). A inclusão de um grupo de pais de pacientes mais jovens e um grupo de pacientes mais velhos pode ser uma limitação do presente estudo, já que torna a coorte mais heterogênea e pode impactar na análise geral do grupo. Outra limitação foi o pequeno número de pacientes em cada grupo. Estudos futuros com coortes maiores e mais homogêneas devem ser realizados para confirmar os achados do presente estudo.

Os médicos devem desenvolver técnicas de ensino para educar adequadamente seus pacientes sobre a doença e o tratamento recomendado.11 Entretanto, a fobia a CT também está presente entre os profissionais de saúde e pode afetar a perspectiva dos pacientes (ou seus cuidadores) sobre o uso e a adesão ao tratamento com CT.29,31 A educação desses profissionais pode melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento. Foi demonstrado que ter confiança no médico está associado de maneira significativa ao fato de tomar a medicação como indicado.9 A educação da equipe da farmácia para fornecer aconselhamento ao paciente também se mostrou eficaz na redução da fobia a CT.32 Os médicos devem fornecer instruções detalhadas por escrito dos tratamentos com CT e responder a quaisquer preocupações que os pacientes e cuidadores possam ter.

A promoção da ES deve ser prioridade na saúde pública. A melhora das competências críticas individuais e sociais relativas à saúde irá maximizar o comprometimento com comportamentos saudáveis.

Conclusão

A corticofobia é obstáculo para um regime terapêutico adequado em doenças cutâneas como a DA. A facilidade de acesso a informações sobre CT e seus efeitos colaterais podem, paradoxalmente, contribuir para o medo e a preocupação relacionados a eles. Os pacientes precisam ser capazes de selecionar e filtrar o conteúdo confiável. A ES é responsável pela capacidade e escolha crítica em comportamentos de saúde. O presente estudo sugere que maior ES está associada a menor fobia a CT, mas são necessários mais estudos para esclarecer essa associação. Que seja de conhecimento dos autores, este estudo fornece a primeira avaliação da fobia a CT em Portugal.

Suporte financeiro

Nenhum

Contribuição dos autores

Tiago Fernandes Gomes: Participação efetiva na orientação da pesquisa; obtenção, análise e interpretação dos dados; análise estatística; revisão crítica da literatura; elaboração e redação do manuscrito.

Katarina Kieselova: Aprovação da versão final do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados; revisão crítica do manuscrito.

Victoria Guiote: Aprovação da versão final do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica do manuscrito.

Martinha Henrique: Aprovação da versão final do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados; revisão crítica do manuscrito.

Felicidade Santiago: Concepção e planejamento do estudo; aprovação da versão final do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados; análise estatística; participação intelectual em conduta propedêutica e/ou terapêutica de casos estudados; revisão crítica do manuscrito.

Conflito de interesses

Nenhum.

Referências
[1]
T. Torres, E.O. Ferreira, M. Gonçalo, P. Mendes-Bastos, M. Selores, P. Filipe.
Update on Atopic Dermatitis.
Acta Med Port., 32 (2019), pp. 606-613
[2]
Z.C.C. Fuxench, J.K. Block, M. Boguniewicz, J. Boyle, L. Fonacier, J.M. Gelfand, et al.
Atopic Dermatitis in America Study: A Cross‐Sectional Study Examining the Prevalence and Disease Burden of Atopic Dermatitis in the US Adult Population.
J Invest Dermatol., 139 (2019), pp. 583-590
[3]
R. Sacotte, J.I. Silverberg.
Epidemiology of adult atopic dermatitis.
Clin Dermatol., 36 (2018), pp. 595-605
[4]
J.I. Silverberg, J.M. Hanifin.
Adult eczema prevalence and associations with asthma and other health and demographic factors: A US population‐based study.
J Allergy Clin Immunol., 132 (2013), pp. 1132-1138
[5]
J.A. Odhiambo, H.C. Williams, T.O. Clayton, C.F. Robertson, M.I. Asher.
Global variations in prevalence of eczema symptoms in children from ISAAC Phase Three.
J Allergy Clin Immunol., 124 (2009), pp. 1251-1258
[6]
A. Wollenberg, S. Barbarot, T. Bieber, S. Christen-Zaech, M. Deleuran, A. Fink-Wagner, et al.
Consensus‐based European guidelines for treatment of atopic eczema (atopic dermatitis) in adults and childr part I.
Eur Acad Dermatology J. Venereol, 32 (2018), pp. 657-682
[7]
S.M. Langan, A.D. Irvine, S. Weidinger.
Atopic dermatitis.
Lancet., 396 (2020), pp. 345-360
[8]
A. Sokolova, S.D. Smith.
Factors contributing to poor treatment outcomes in childhood atopic dermatitis.
Australas J Dermatol., 56 (2015), pp. 252-257
[9]
K. Capozza, A. Schwartz.
Does it work and is it safe? Parents’ perspectives on adherence to medication for atopic dermatitis.
Pediatr Dermatol., 37 (2020), pp. 58-61
[10]
M. El Hachem, F. Gesualdo, G. Ricci, A. Diociaiuti, L. Giraldi, O. Ametrano, et al.
Topical corticosteroid phobia in parents of pediatric patients with atopic dermatitis: a multicentre survey.
Ital J Pediatr., 43 (2017), pp. 22
[11]
L. Eicher, M. Knop, N. Aszodi, S. Senner, L.E. French, A. Wollenberg.
A systematic review of factors influencing treatment adherence in chronic inflammatory skin disease – strategies for optimizing treatment outcome.
J Eur Acad Dermatology Venereol., 33 (2019), pp. 2253-2263
[12]
A.W. Li, E.S. Yin, R.J. Antaya.
Topical Corticosteroid Phobia in Atopic Dermatitis.
JAMA Dermatology., 153 (2017), pp. 1036-1042
[13]
K. Sørensen, S. Van den Broucke, J. Fullam, G. Doyle, J. Pelikan, Z. Slonska, et al.
Health literacy and public health: A systematic review and integration of definitions and models.
BMC Public Health., 12 (2012), pp. 80
[14]
K. Sørensen, S. Van den Broucke, J.M. Pelikan, J. Fullam, G. Doyle, Z. Slonska, et al.
Measuring health literacy in populations: illuminating the design and development process of the European Health Literacy Survey Questionnaire (HLS‐EU‐Q).
BMC Public Health., 13 (2013), pp. 948
[15]
L. Moret, E. Anthoine, H. Aubert-Wastiaux, A. Le Rhun, C. Leux, J. Mazereeuw-Hautier, et al.
TOPICOP©: A New Scale Evaluating Topical Corticosteroid Phobia among Atopic Dermatitis Outpatients and Their Parents Szecsi PB.
[16]
J.-F. Stalder, H. Aubert, E. Anthoine, M. Futamura, D. Marcoux, M.-A. Morren, et al.
Topical corticosteroid phobia in atopic dermatitis: International feasibility study of the TOPICOP score.
Allergy., 72 (2017), pp. 1713-1719
[17]
A.R. Pedro.
Literacia em Saúde: da gestão da informação à decisão inteligente.
Lisboa. Tese [Doutorado em Saúde Pública] ‐ Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa., (2018),
[18]
K. Sørensen, J.M. Pelikan, F. Röthlin, K. Ganahl, Z. Slonska, G. Doyle, et al.
Health literacy in Europe: comparative results of the European health literacy survey (HLS‐EU).
Eur J Public Health., 25 (2015), pp. 1053-1058
[19]
H. Dufresne, P. Bataille, N. Bellon, S. Compain, E. Deladrière, L. Bekel, et al.
Risk factors for corticophobia in atopic dermatitis.
J Eur Acad Dermatology Venereol., 34 (2020), pp. 846-849
[20]
H. Aubert-Wastiaux, L. Moret, A. Le Rhun, A.M. Fontenoy, J.M. Nguyen, C. Leux, et al.
Topical corticosteroid phobia in atopic dermatitis: a study of its nature, origins and frequency.
Br J Dermatol., 165 (2011), pp. 808-814
[21]
C.R. Charman, A.D. Morris, H.C. Williams.
Topical corticosteroid phobia in patients with atopic eczema.
Br J Dermatol., 142 (2000), pp. 931-936
[22]
U.R. Hengge, T. Ruzicka, R.A. Schwartz, M.J. Cork.
Adverse effects of topical glucocorticosteroids.
J Am Acad Dermatol., 54 (2006), pp. 1-15
[23]
E.C. Siegfried, J.C. Jaworski, J.D. Kaiser, A.A. Hebert.
Systematic review of published trials: long‐term safety of topical corticosteroids and topical calcineurin inhibitors in pediatric patients with atopic dermatitis.
BMC Pediatr., 16 (2016), pp. 75
[24]
L. Eichenfield, C.N. Ellis, D. Fivenson, A.A. Hebert, S. Dromgoole, D. Piacquadio.
Evaluation of Adrenal Suppression of a Lipid Enhanced Topical Emollient Cream Formulation of Hydrocortisone Butyrate 0.1% in Treating Children with Atopic Dermatitis.
Pediatr Dermatol., 24 (2007), pp. 81-84
[25]
J. Faergemann, O. Christensen, P. Sjovall, A. Johnsson, K. Hersle, P. Nordin, et al.
An open study of efficacy and safety of long‐term treatment with mometasone furoate fatty cream in the treatment of adult patients with atopic dermatitis.
J Eur Acad Dermatology Venereol., 14 (2000), pp. 393-396
[26]
M.-H. Tan, S.L. Meador, G. Singer, M.G. Lebwohl.
An open‐label study of the safety and efficacy of limited application of fluticasone propionate ointment, 0.005%, in patients with atopic dermatitis of the face and intertriginous areas.
Int J Dermatol., 41 (2002), pp. 804-809
[27]
U. Blume-Peytavi, U. Wahn.
Optimizing the treatment of atopic dermatitis in children: a review of the benefit/risk ratio of methylprednisolone aceponate.
J Eur Acad Dermatology Venereol., 25 (2011), pp. 508-515
[28]
J.Y. Lee, Y. Her, C.W. Kim, S.S. Kim.
Topical Corticosteroid Phobia among Parents of Children with Atopic Eczema in Korea.
Ann Dermatol., 27 (2015), pp. 499-506
[29]
B. Bos, I. Antonescu, H. Osinga, S. Veenje, K. Jong, T.W. Vries.
Corticosteroid phobia (corticophobia) in parents of young children with atopic dermatitis and their health care providers.
Pediatr Dermatol., 36 (2019), pp. 100-104
[30]
R. Espanha, P. ávila, R.V. Mendes.
Literacia em Saúde em Portugal: relatório síntese. Lisboa;, (2016),
[31]
L. Lambrechts, L. Gilissen, M. Morren.
Topical Corticosteroid Phobia Among Healthcare Professionals Using the TOPICOP Score.
Acta Derm Venereol., 99 (2019), pp. 1004-1008
[32]
E.S. Koster, D. Philbert, X. Zheng, N. Moradi, T.W. Vries, M.L. Bouvy.
Reducing corticosteroid phobia in pharmacy staff and parents of children with atopic dermatitis.
Int J Clin Pharm., 43 (2021), pp. 1237-1244

Como citar este artigo: Gomes TF, Kieselova K, Guiote V, Henrique M, Santiago F. A low level of health literacy is a predictor of corticophobia in atopic dermatitis. An Bras Dermatol. 2022;97:704–9.

Trabalho realizado no Departamento de Dermatologia, Centro Hospitalar de Leiria, Leiria, Portugal.

Copyright © 2022. Sociedade Brasileira de Dermatologia
Baixar PDF
Idiomas
Anais Brasileiros de Dermatologia (Portuguese)
Opções de artigo
Ferramentas
en pt
Cookies policy Política de cookies
To improve our services and products, we use "cookies" (own or third parties authorized) to show advertising related to client preferences through the analyses of navigation customer behavior. Continuing navigation will be considered as acceptance of this use. You can change the settings or obtain more information by clicking here. Utilizamos cookies próprios e de terceiros para melhorar nossos serviços e mostrar publicidade relacionada às suas preferências, analisando seus hábitos de navegação. Se continuar a navegar, consideramos que aceita o seu uso. Você pode alterar a configuração ou obter mais informações aqui.