Agradecemos aos comentários referentes ao nosso artigo: Chemotherapeutical treatment of basal cell carcinoma with bleomycin via microinfusion of the drug into the skin (MMP®),1 e estamos cientes da principal limitação do trabalho, que foi o seguimento por apenas seis meses –controles esses, após seis meses, por meio de biopsias em fuso e histopatologia, que é o padrão ouro para o diagnóstico.2 Sabemos também que apenas a cirurgia micrográfica pela técnica de Munique poderia confirmar de maneira assertiva a ausência de doença por toda a cicatriz, mesmo cinco anos após o tratamento.3
Embora o trabalho tenha findado em 2021, os pacientes continuam em acompanhamento para que, com cinco anos, possamos fazer a atualização dessa taxa de cura e nova publicação.
Quanto à margem de segurança, sabemos que lesões de baixo risco necessitam de ao menos 4mm e que lesões de alto risco, ao menos 6‐7mm,4,5 tentando sempre na marcação das lesões tratadas praticar essas orientações ou até mesmo margem maior.
Com relação à espessura tumoral, como mencionado, poucas lesões com espessura tumoral acima de 3mm foram incluídas, e apenas uma delas mostrou recidiva em seis meses. Nesse caso, tomamos essa decisão por estar situada em área de baixo risco e ser elevada acima do nível da pele. Essa observação se faz necessária para relembrarmos que foi critério do trabalho realizar shaving em todas as lesões que apresentassem relevo acima da pele normal (região da margem de segurança) para que a agulha, ao penetrar, alcançasse a mesma profundidade tanto na lesão quanto na margem de segurança. E, uma vez “nivelada a lesão”, a espessura tumoral se reduz.
Considerando o baixo risco de metástase do carcinoma basocelular e maior risco de recidiva local, optou‐se por incluir essas lesões, bem como lesões em áreas de alto risco, para que pudéssemos ter visão mais ampla do potencial terapêutico da técnica com a bleomicina.
Elevada taxa (19%) de perda de seguimento dos pacientes se deu por fatores alheios ao nosso conhecimento, e a princípio não vinculados a nenhum tipo de intercorrência, não podendo se afirmar ou concluir se tiveram alguma relação ao tratamento inicial, podendo ser fruto de características socioculturais da população atendida. Portanto, esses dados foram excluídos das análises. Importante frisar que todos os pacientes foram orientados ao segmento, e de acordo com o compromisso firmado por meio de TCLE, o acompanhamento pós‐cirúrgico por cinco anos era de nossa responsabilidade, assim como oferecer outras opções de tratamento em caso de recidiva.
Agradeço pelas ponderações, pois são sempre importantes e pertinentes para nosso aperfeiçoamento acadêmico.
Suporte financeiroNenhum.
Contribuição dos autoresPaulo Rodrigo Pacola: Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; elaboração e redação do manuscrito.
Conflito de interessesNenhum.