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Disponível online em 3 de fevereiro de 2025
Carcinoma sebáceo: perfil clínico e demográfico de pacientes de um hospital universitário do Brasil
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Tatiana Mina Yendoa, Flavia Mascarenhas Damiania,1, Suzana Matayoshib,1, Marcello Menta Simonsen Nicoa,1,&#¿;
Autor para correspondência
mentanico@hotmail.com

Autor para correspondência.
a Departamento de Dermatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
b Departamento de Oftalmologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Recebido 17 Abril 2024. Aceite 29 Junho 2024
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Tabela 1. Características clínicas dos pacientes diagnosticados com carcinoma sebáceo
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Prezado Editor,

O carcinoma sebáceo (CS) é neoplasia maligna rara, descrita por Allaire em 1891, comumente localizado na cabeça e pescoço e com predileção pela região periocular (38,7%).1 O CS apresenta maior incidência em idosos (6a a 7a décadas de vida) e no sexo masculino (58% dos casos); a população caucasiana é a mais acometida (86,2%).1,2 Avaliamos, de maneira retrospectiva, 22 casos de pacientes diagnosticados com pelo menos um CS. Três pacientes tiveram o diagnóstico de dois CS primários, entre janeiro de 2006 e dezembro de 2020, em um hospital universitário brasileiro. Assim como descrito em trabalhos anteriores,2 o sexo masculino apresentou maior incidência de CS, correspondendo a 55% dos casos avaliados. A média de idade ao diagnóstico foi de 67 anos (24 a 94 anos), e a maioria dos pacientes era de etnia caucasiana.

Clinicamente, os CS diagnosticados apresentaram características variadas: pápulas, placas, nódulos ou tumores, geralmente amarelados ou eritematosos, com telangectasias, brilho perláceo, ceratose ou ulceração. A região cranioencefálica e cervical foi preferencialmente acometida e, em 10 casos, o CS estava localizado na região periocular (seis na pálpebra superior e quatro na inferior; fig. 1A). Foram descritos um caso de CS no pescoço, um no pavilhão auricular (fig. 1B), três na região malar, cinco na região nasal, um no couro cabeludo, um no lábio (fig. 1C) e um no mento. Apenas dois CS foram diagnosticados em outra topografia (ombro e tórax). Nove pacientes foram investigados quanto à presença da síndrome de Muir‐Torre (SMT), e apenas em quatro foi confirmada a perda de expressão de pelo menos um gene de reparo de DNA do tipo mismatch por imuno‐histoquímica. Metade dos casos estudados apresentou diagnóstico de outros tumores cutâneos, como carcinomas basocelulares (CBC), carcinomas espinocelulares (CEC), adenomas sebáceos e sebaceomas, únicos ou múltiplos, com ou sem associação com a SMT. Ademais, oito casos apresentaram diagnóstico de neoplasias não cutâneas: 1) carcinoma de mama ductal invasivo (sem associação com SMT); 2) linfoma de Hodgkin; 3) linfoma não Hodgkin e adenocarcinoma de cólon; 4) retinoblastoma bilateral (não investigados para SMT); 5) adenocarcinoma de cólon; 6) tumor neuroendócrino de sigmoide e hepatocarcinoma; 7) adenocarcinoma de cólon, adenocarcinoma de papila duodenal com metástase hepática e adenocarcinoma de próstata; 8) adenocarcinoma de cólon e mieloma múltiplo (confirmados para SMT). O tratamento de escolha em dez casos de CS foi a excisão ampla do tumor. Em um caso foi realizada cirurgia micrográfica de Mohs e, em outro caso, a radioterapia foi adotada como método adjuvante. Apenas um caso foi tratado com radioterapia paliativa. Quatro tumores foram removidos por meio de shaving ou saucerização. O tempo médio de seguimento dos pacientes foi de quatro anos; apenas nove mantiveram o seguimento ambulatorial até o término do estudo. Três pacientes apresentaram metástase do CS: 1) CS diagnosticado na pálpebra inferior apresentou metástase para linfonodo cervical; foi realizada exérese ampla, sem novas recorrências; 2) dois CS diagnosticados nas pálpebras superior e inferior, com metástases parotídeas e pulmonares, foram tratados com excisão de todos os tumores associada à radioterapia, sem recorrência; 3) CS diagnosticado no ombro, tratado inicialmente com excisão ampla, apresentou recorrência local após um ano associada à metástase linfonodal. Esse paciente evoluiu a óbito. Houve ainda dois óbitos por causas não relacionadas ao CS (hepatocarcinoma e mieloma múltiplo). Os dados compilados se encontram na tabela 1.

Figura 1.

Fotos clínicas de carcinomas sebáceos. (A) Carcinoma sebáceo na pálpebra inferior. (B) Carcinoma sebáceo no pavilhão auricular. (C) Carcinoma sebáceo no lábio superior de paciente com SMT.

(0.92MB).
Tabela 1.

Características clínicas dos pacientes diagnosticados com carcinoma sebáceo

Caso N°  Sexo  Idade  Localização  Características do tumor  Outros tumores cutâneos  Antecedente pessoal  Síndrome de Muir‐Torre  Metástase  Tratamento  Recorrência  Seguimento (tempo em anos) 
51  Pescoço e lábio  Pápula eritematosa e pápula amarelada ulcerada  32 adenomas sebáceos e 1 sebaceoma  Adenocarcinoma de cólon  Confirmado: perda de expressão de MLH1 e PMS2  Ausente  Shaving  Ausente  Seguimento ambulatorial (6) 
94  Malar  Sem descrição  2 CBC  NDN  Ausente  Sem descrição  Excisão local ampla  Sem descrição  Perda de seguimento (2) 
64  Nariz  Sem descrição  11 CEC, 7 CBC e 1 tumor maligno de glândula sudorípara  NDN  Não investigado  Ausente  Sem descrição  Ausente  Seguimento ambulatorial (14) 
79  Malar  Pápula ceratótica perlácea  3 CBC  NDN  Não investigado  Sem descrição  Excisão local ampla  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
60  Nariz  Placa eritematosa ulcerada  1 CBC  Tumor neuroendócrino de sigmoide e hepatocarcinoma  Confirmado: perda de expressão de MSH‐2 e MSH‐6  Ausente  Shaving  Ausente  Óbito por hepatocarcinoma (2) 
67  Couro cabeludo  Tumor eritematoso de aspecto perláceo com telangectasias  1 CEC  NDN  Ausente  Sem descrição  Excisão local ampla  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
61  Pálpebra inferior  Nódulo amarelado com telangectasias e ulceração  Ausente  NDN  Não investigado  Linfonodo cervical  Excisão local ampla  Ausente  Seguimento ambulatorial (5) 
81  Pálpebra superior  Nódulo avermelhado com telangectasias  Ausente  NDN  Não investigado  Sem descrição  Excisão local  Sem descrição  Perda de seguimento (1) 
65  Nariz  Sem descrição  2 adenomas sebáceos e 1 CEC  Linfoma não Hodgkin e adenocarcinoma de cólon  Não investigado  Sem descrição  Sem descrição  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
10  69  Ombro  Nódulo eritematoso com brilho perláceo  1 CBC  NDN  Não investigado  Linfonodo  Excisão local ampla  Recorrência local após 1 ano com acometimento linfonodal  Óbito (2) 
11  86  Malar  Placa ceratótica  2 CEC  NDN  Não investigado  Sem descrição  Saucerização  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
12  64  Pálpebra superior  Sem descrição  Ausente  NDN  Ausente  Ausente  Excisão local ampla  Ausente  Seguimento ambulatorial (4) 
13  71  Tórax  Tumor eritematoso e acinzentado  2 CEC  NDN  Não investigado  Ausente  Excisão local ampla  Ausente  Seguimento ambulatorial (2) 
14  67  Nariz  Nódulo ulcerado exofítico  Ausente  Adenocarcinoma de cólon, adenocarcinoma de papila duodenal com metástase hepática e adenocarcinoma de próstata  Confirmado: perda de expressão de MSH‐2 e MSH‐6  Ausente  Saucerização  Ausente  Seguimento ambulatorial (< 1) 
15  24  Pálpebra superior  Sem descrição  Ausente  Retinoblastoma bilateral  Não investigado  Sem descrição  Excisão local  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
16  52  Mento  Placa exofítica  1 CBC, 1 sebaceoma e 2 adenomas sebáceos  Adenocarcinoma de cólon e mieloma múltiplo  Confirmado: perda de expressão de MSH‐2  Sem descrição  Excisão local ampla  Ausente  Óbito por mieloma múltiplo (1) 
17  74  Nariz  Nódulo exofítico amarelado com telangectasias e ulceração  Ausente  Linfoma de Hodgkin  Não investigado  Sem descrição  Sem descrição  Sem descrição  Perda de seguimento (< 1) 
18  82  Pavilhão auricular  Nódulo ceratótico  Ausente  Carcinoma de mama ductal invasivo  Ausente  Ausente  Cirurgia micrográfica de Mohs  Ausente  Seguimento ambulatorial (1) 
19  62  Pálpebra superior  Sem descrição  Ausente  NDN  Não investigado  Sem descrição  Desconhecido  Desconhecido  Perda de seguimento (< 1) 
20  71  Pálpebras superior e inferior  Nódulo ulcerado amarelado  Ausente  NDN  Ausente  Ausente  Excisão local e RT adjuvante  Ausente  Seguimento ambulatorial (1) 
21  43  Pálpebras superior e inferior  Sem descrição  Ausente  NDN  Não investigado  Glândula parótida e pulmão  Excisão do tumor primário, da glândula parótida e das metástases pulmonares e RT  Ausente  Seguimento ambulatorial (14) 
22  93  Pálpebra inferior  Placa ulcerada  Ausente  NDN  Não investigado  Sem descrição  RT paliativa  Desconhecido  Perda de seguimento (3) 

CBC, carcinoma basocelular; CEC, carcinoma espinocelular; F, feminino; M, masculino; NDN, nada digno de nota; RT, radioterapia.

Morfologicamente, o CS pode se apresentar com características variadas, mimetizando tumores benignos (hiperplasias sebáceas, adenomas sebáceos, sebaceomas, nevos nevocelulares), neoplasias malignas (CBC e CEC), bem como doenças inflamatórias, como no calázio, na blefarite e na ceratite – essas últimas afecções consideradas diagnósticos diferenciais de lesões perioculares.1,3 Seu diagnóstico é confirmado pelo exame histopatológico de uma biopsia contendo a derme profunda (fig. 2) e do exame imuno‐histoquímico (EMA, epithelial membrane antigen, positivo, óleo vermelho O positivo, Sudan preto positivo – essas duas últimas colorações devem ser feitas em cotes congelados; fig. 2). O exame anatomopatológico do CS é caracterizado pela presença de lóbulos sebáceos irregulares e assimétricos, com sebócitos apresentando citoplasma vacuolizado, hipercromasia e atipia nuclear (fig. 2).2,4 Pelo fato de ser raro e mimetizar outras dermatoses, procedimentos inadequados para o diagnóstico, como o shaving e a saucerização são realizados, o que retarda ainda mais o diagnóstico do CS.

Figura 2.

(A) Exame histopatológico da biopsia cutânea do carcinoma sebáceo da região mandibular esquerda (Hematoxilina & Eosina, 10×). (B) O exame histológico revelou a presença de invasão desordenada da derme por lóbulos mal definidos de sebócitos atípicos (Hematoxilina & eosina, 100×). (C) Em maior aumento, pode ser observado sebócitos atipicos (Hematoxilina & Eosina, 400×).

(0.96MB).

A maioria dos casos de CS acontece de maneira esporádica e tem como fatores de risco a imunossupressão, em especial o transplante de órgãos sólidos e a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), a exposição à radiação ultravioleta (UV), radioterapia, infecções virais, antecedente de retinoblastoma familiar e SMT.5 A predominância de lesões de CS nas áreas fotoexpostas foi evidenciada em nosso estudo; 90% dos tumores se localizavam na cabeça e pescoço e 40% na região palpebral (entre eles, dois casos com lesões nas pálpebras superior e inferior). Outra evidência de que os pacientes de nossa casuística apresentavam fotodano importante é o diagnóstico de outros tumores cutâneos induzidos pela radiação UV, como o CBC e o CEC, observados em 45% dos nossos casos. O Brasil é um país com alta incidência de radiação UV em virtude de sua posição geográfica, aumentando, assim, o risco de desenvolvimento de tumores malignos cutâneos induzidos pela radiação UV em sua população.

A SMT é doença rara autossômica dominante em que há mutação em um gene de reparo do DNA do tipo mismatch (MLH‐1, MSH‐2, MSH‐6, PMS1 Homolog 2 e PMS‐2).4,6,7 É caracterizada pela presença de neoplasias benignas ou malignas originadas em glândulas sebáceas que podem ocorrer de modo concomitante ou não a outras neoplasias malignas, em especial do trato gastrintestinal e do sistema genitourinário – o mais comum é o câncer colorretal (80% dos casos). Ceratoacantoma e CBC com diferenciação sebácea também são comumente diagnosticados nesses pacientes.6 Na SMT, o CS ocorre em idades mais precoces e é comum nas regiões extraoculares.8 A suspeição de SMT a partir do diagnóstico dos tumores sebáceos torna possível o rastreamento precoce de lesões malignas viscerais, o que pode favorecer melhor prognóstico aos portadores dessa síndrome. Em nossa casuística, quatro casos foram diagnosticados com SMT, apresentando perda de expressão de pelo menos um gene de reparo de DNA do tipo mismatch (fig. 3) e com antecedente de neoplasia de cólon acompanhada ou não de outra neoplasia primária. Apenas um caso de SMT não apresentou outra neoplasia cutânea.

Figura 3.

Exame imuno‐histoquímico da biopsia cutânea de carcinoma sebáceo da região mandibular esquerda de paciente com SMT. O exame imuno‐histoquímico demonstrou a expressão dos genes de reparo do tipo mismatch (A) MLH‐1 presente (40×), (B) perda de MSH‐2, (C) perda de MSH‐6 (40×) and (D) perda de PMS‐2 (400×).

(1.45MB).

O tratamento cirúrgico com excisão do tumor com avaliação de margens no intraoperatório é o mais indicado para o CS.2,9 Entretanto, em tumores perioculares, sua realização pode ser desafiadora. Em caso de comprometimento de margens ou tumor localmente avançado com margens estreitas, a radioterapia adjuvante pode ser indicada.2,10 Em nossa casuística, há relato de apenas um caso tratado com cirurgia micrográfica de Mohs (CS do pavilhão auricular) e um de realização de radioterapia adjuvante (CS das pálpebras superior e inferior). Em ambos os casos, os pacientes mantêm seguimento ambulatorial sem recorrência do tumor primário ou metástases. A pequena disponibilidade de profissionais capacitados e equipamentos para realizar a cirurgia micrográfica de Mohs limita seu uso.

O CS é tumor maligno agressivo que apresenta altas taxas de mortalidade (5%–10%) e de recorrência (16%–18%).3 Os fatores de mau prognóstico são tumores >2cm, doença multicêntrica, lesões mal diferenciadas e acometimento simultâneo das pálpebras superior e inferior.9 Observamos três casos de metástases, uma de recorrência e um óbito em nossa casuística. No entanto, esses dados não foram suficientes para determinar a taxa de metástase, de recorrência e de mortalidade, pois dentre as limitações presentes em nosso estudo, a perda de seguimento dos pacientes e a documentação incompleta impossibilitaram seu cálculo.

Esta série de casos retrospectiva discute a importância de se ter em mente o CS como diagnóstico diferencial, principalmente em lesões perioculares. O diagnóstico precoce, a investigação de fatores de risco e da SMT são importantes para conduta adequada em benefício do paciente.

Suporte financeiro

Nenhum.

Contribuição dos autores

Tatiana Mina Yendo: Concepção e desenho do estudo; Levantamento de dados, análise e interpretação dos dados; Redação do artigo, obtenção, análise e interpretação dos dados; Revisão crítica de literatura; Aprovação final da versão final do manuscrito.

Flavia Mascarenhas Damiani: Levantamento de dados, análise e interpretação dos dados; Análise estatística; Redação do artigo, obtenção, análise e interpretação dos dados; Revisão crítica de literatura; Aprovação final da versão final do manuscrito.

Suzana Matayoshi: Revisão crítica do conteúdo intelectual importante; Aprovação final da versão final do manuscrito.

Marcello Menta Simonsen Nico: Concepção e desenho do estudo; Revisão crítica do conteúdo intelectual importante; Participação efetiva na orientação da pesquisa; Participação intelectual em conduta propedêutica e/ou terapêutica de casos estudados; Revisão crítica de literatura; Aprovação final da versão final do manuscrito.

Conflito de interesses

Nenhum.

Agradecimento

Os autores agradecem à Dr.a Neusa Yuriko Sakai Valente, do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pelo auxílio nos exames anatomopatológicos e de imuno‐histoquímica deste trabalho.

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ORCID IDs: Flavia Mascarenhas Damiani: 0000‐0002‐2736‐3181, Suzana Matayoshi: 0000‐0003‐0630‐4091, Marcello Menta Simonsen Nico: 0000‐0001‐7968‐0624.

Como citar este artigo: Yendo TM, Damiani FM, Matayoshi S, Nico MMS. Sebaceous carcinoma: clinical and demographic profile of patients in a tertiary referral hospital in Brazil. An Bras Dermatol. 2025;100. https://doi.org/10.1016/j.abd.2024.06.004.

Trabalho realizado na Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

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